BIOGRAFIA DO MEU AMOR     Essa matéria é sobre uma cachorrinha da minha irmã, mas que para mim ela significava muito.Por esse motivo resolvi escrever a biografia dela.

                 MINI

Ela faleceu dia 19 de setembro de 2013. Nunca é bom começar uma historia pelo final, por isso vou começar do começo, da primeira vez que eu ouvi falar dela.
Minha Irma Márcia morava em uma casa sozinha. Dividida entre duas famílias, ela decidiu morar sozinha. Por ser uma coisa muito pessoal não vou entrar em detalhes.
Como ela morava sozinha resolveu pegar um animal de estimação para alegrar a casa.
Uma conhecida nossa tinha uma cachorra que tinha dado cria e estava doando os filhotes. Então ela resolveu adotar um. E essa adoção foi que conhecemos uma cachorrinha linda e companheira. Mini
Muitos se perguntam por que ela se chamava Mini. É simples. Ela não crescia era anão. Todos os irmão dela cresceram menos ela. Por isso que ela se chamava Mini.
Uma vez uma prima minha disse “Nossa a Mini é mini mesmo néh”.
Na época eu ri muito disso, pois o que ela disse teve uma lógica muito grande e uma lógica que muita gente não conseguia entender.
A minha Irma morava em uma casa no fundo da casa da minha avó. Num certo domingo eu fui passar o dia com ela para conhecer a tal Mini que ela tanto falava.
Chegando lá, tinha 2 cachorros . O Jack, um cachorro que morava com os irmãos dela que eu já conhecia e a Mini que eu queria tanto conhecer.
Quando olhei pra ela, achei a coisinha mais lindinha do mundo. Tão pequenina e pretinha.
Alguns diziam que ela parecia um macaco. Minha mãe falava que ela parecia filha de rato. Mas para mim ela era muito linda.
Aproximei-me dela e passei a mão pela sua cabecinha bem devagar. Ela me olhava como se dissesse “A qualquer hora eu te ataco”.
Eu confesso que estava com um pouco de medo dela, mas não desisti de fazer a amizade.
Com o passas das horas eu ficava toda hora indo no quintal passar a mão na cabeça dela e ela sempre me olhava com aqueles mesmos olhos . Comecei a perceber que ela era sempre seria, nunca balançava o rabo (não naquele domingo) e estava sempre com aquele olhar de desconfiada e atacante.
Quando foi por volta das 17h, a Márcia resolveu fazer uma casinha para a Mini e o Jack. Usando isopor e cimento.
Estava muito difícil de colar um isopor no outro com o cimente mole. Foi um desastre duas mulheres querendo da uma de pedreiro.
A gente colava o isopor e ele caia. Ficamos nesse monta e desmonta até que escureceu.
O quintal não tinha luz, então a gente acendeu a da cozinha que iluminou um pouco o quintal.
Naquele monta e desmonta eu vi uma coisa passando pelo chão.  Comecei a gritar “Mácia cuidado tem uma cobra ai”
Eu comecei a gritar e pular. Eu estava desesperada, pois morro de medo de cobra. A minha irmã  também tinha medo de cobra mas ela foi lá fora e começou a procurar a cabra junto com um avô. E nada da cobra.
Meu avô falou que era a água saindo da mangueira e  não uma cobra, mas eu afirmava que tinha visto uma cobra. Será possível confundir uma água saindo da mangueira com uma cobra, em um quintal mal iluminado?
Com medo da cobra ou ‘ falsa cobra’, a gente acabou que não fazendo nenhuma casa pros cachorros.
Márcia eu fiquei com muita dó de a gente não ter feito a casinha. Mas é serio, eu vi uma cobra aquele dia.
No meio dessa gritaria e confusão que criei (acredito eu, com razão) a Mini sumiu. Procuramos e nada dela. Até que entramos no quarto e lá estava ela.
A cama da minha Irma é daquelas camas que pucha outra em baixo. E a Mini estava lá no meio da cama, só com os olhos arregalados para fora. A imagem era linda, de derreter qualquer coração.
Essa imagem jamais saiu da minha cabeça e jamais sairá. Acho que da cabeça da Márcia também não. Tempos de saudade. 
Também me lembro (neste domingo) que a Mini tinha um macaco preto de pelúcia. Era a caisa mais feia do mundo, mas a Mini o amava muito. Ai quem se aproximasse.
Com essa confisão da cobra eu fiquei com medo de ira na casa da Márcia, ou seja,  eu não fui mais ver a Mini.
Até que um dia, minha Irma se mudou da casa do meu avô e se mudou lá pra casa. Como a minha casa já tinha três cachorros e meu pai detestava animais. Então a Márcia não trouxe a Mini com ela. Deixou a Mini na casa dos irmãos dela.
Na casa dos irmãos dela já havia um cachorro da raça Pit Bull, e com a chegada da Mini e do Jack ficou três cachorros.
Eu não sei como, mas a Márcia, um certo dia , chegou lá em casa e disse que ia levar a Mini no veterinário, porque ela estava desconfiada que a Mini estivesse grávida do Pit Bull.  
Quando ela me falou isso achei muito estranho. Como uma cachorrinha tão pequena iria cruzar com um Pit Bull? É como se fosse uma girafa e um tatinho. Kkkk estou exagerando um pouco.
O que parecia impossível virou possível. Realmente a Mini estava grávida do Pit Bull.
Como a Mini era muito pequena ela não iria aguentar o desenvolvimento de um Pit Bull em seu útero. Então a veterinária achou melhor antecipar o parto e fazer Cesário.
Então fizeram um corte na barriga da Mini e tiraram o filhote de dentro do útero dela e costuraram depois.
Quando eu vi o filhote ele tinha a cara de um Pit Bull. Ele era uma gracinha. Como não conseguia mamar ( pela maturidade) a Márcia comprou até uma mamadeira pra ele.
Minha Irmã pediu pro meu pai se ela poderia trazer a Mini e o filhote para morar com a gente, só até o filhote conseguir mamar sozinho e a Mini se recuperar dos pontos.
Meu pai sempre detestou animais, esse sempre foi o seu maior defeito, pelo menos para mim.
 Mas não sei como, mas ele deixou a Márcia trazer a Mini e o filhote.
Quando eu vi a Mini lá em casa, ela estava com os olhos de medo, estava estranhando seu novo lar. Colocamos uma caiza de papelão e fôramos com lensoes e colocamos ela e o filhote lá dentro. Ela lambia o filhote e dava o peiot pra ele. Eu não sei se ele conseguia mamar.
Ninguem poderia se quer se aproximar do filhote, pois ela rosnava e até mordia. A única pessoa que conseguia pegar o filhote para dar mama era a Márcia.eu sempre achei muito bonito o amor que existia entre a Mini e a Márcia.
Não era só o amor, mas também o respeito, carinho, compaixão e companheirismo que existia entre elas.
 No segundo dia o filhote estava meio molendo, não conseguir mais pegar na mamadeira e etava até um pouco gelado. Já sabíamos  que ele iria partir. Então colocamos ele na cama junto com a Mini.
Ela lembeu ele, mas lembeu tanto que foi até bonito de se ver. Era como ver uma mãe lutando pela vida de seu filho.
O filhote morreu. Não teve choro nem nada. A gente não estava apegado nele ainda. E a partir desse dia a Mini começou a dormir lá fora com os outros animais:Lilica, Tede e Xande.
No começo ela até que procurava o filhote, mas depois de um tempo ela parecia nem se lembrar que um dia aquele filhote existiu.
Alguns dizinham que ela não sabia que aquele filhote era filho dela, pois ela não viu ele nascer de dentro dela, ela cuidou apenas por cuidar.
No começo a Mini não queria cuidar do seu filho, era preciso ficar colocando ela perto dele e dizer pra ela cuidar dele. Até que um dia ela começou a cuidar e ele partiu.
Ela se acostumou rápido com os outros animais, menos com a Lilica, a única fêmea na casa além dela.
A Lilica é uma picher, e picher da muito trabalho.
Tinha dia que ela se pegavam na porada, chegavam às vezes até a gritar.
A Mini com o Ted era tipo assim ‘não te conheço então fica longe’
É verdade eles nem ligavam um para o outro. Com o tempo eles até que começaram a brincar um pouco, mas era muito difícil.
Mas com o Xande ela se dava muito bem. Se a Lilica brigava com o Xande, a Mini partia pra cima dela. Era assim, sempre defendendo o Xande.
Os pontos da Mini começou a inflamar. Ficou cheio de pus, secreções e até fez uma bolha de ar. Mas graças a Deus os pontos curaram e ficou tudo bem.
A Mini não foi embora mais, ela ficou lá morando com a gente. Com a convivência a gente começou a se dar muito bem. Ela não me olhava mais com aqueles olhos de desconfiada ou de atacante. Eu podia passara a mão nela livremente.
Quando eu chegava da escola, ela (junto com os outros cachorros) ficava lá no portão me esperando. quando me via balançava o rabo, pulava e não parava de espirar.
Quando os cachorros iam lá fora latim para as pessoas na rua a Mini ia também. Mas ela não latia para as pessoas da rua e sim para a Lilica (deve ser por isso que a Lilica detestava tanto ela).
Sempre fui muito grudenta com os meus animais. Eu abraço eles, aperto e os encho de beijos.
Mas com a Mini era diferente. Eu não podia abraça-la, aperta-la e muito menos beija-la. Se eu tentasse fazer qualquer uma dessas coisas ela me mordia.
Toda vez que eu beijava ela e afastava o rosto ela me mordia. Foi entre beijos e mordidas que ela se acostumou com os meus beijos e abraços. Demorou muito, mas eu consegui.
Com o passar do tempo lá em casa a Mini foi ficando obesa. Eu não podia nem chegar perto da ração que ela começava a rosnar e comer mesmo sem fome ou vontade. Era muito engraçado. São esses pequenos momentos que deixam a nossa vida marcada para sempre.
A Mini apesar de pequena era muito brava. Eu tenho uma vizinha, a Laize. Um dia ela foi lá em  casa e entrou sem chamar, em silêncio. Na hora de ir embora ela também saiu em silêncio, então a Mini saiu correndo atrás dela e mordeu seu calcanhar.
Quando ela me mostrou o tornozelo dela estava inchado e com a marca dos dentes da Mini. Eu dei tanta risada, mas não foi por mal. Eu só achei engraçado a Mini, daquele tamanho correndo atrás de você. Desculpe Laize, mas eu tive que contar isso, pois eu queria escrever todos os melhores momentos que eu me lembro de ter passado com a Mini.
A mini era uma bolinha de tão gordinha. A Márcia até que tentou fazer um regime nela, mas com minha mãe por perto foi impossível.
Também teve outra ocasião da minha vizinha e prima Ana Julia.
Ela estava lá em casa, na cozinha comigo. A Mini era nova lá em casa ainda e ela entrou na cozinha onde a gente estávamos. A Ana Julia com medo, subiu na cadeira e começou a gritar escandalosamente e a Mini nada besta começou a latir pra ela. Foi muito engraçado uma gritando e outra latindo.
Eu dei tanta risada que não conseguia me recompor para ajuda a Ana. Não me lembro da época de ter dado tanta risada na minha vida.
Quando eu me recompus, peguei meu celular e comecei a filmar a gritaria e os latidos. Ana descupe por não ter te ajudado, é que estava muito engraçado aquele momento.
Depois de curtir bastante o show entre a Mini e a Ana, eu coloquei a Mini lá fora e fechei a porta. Eu adoraria ter o vídeo  agora pra postar no blogger. Eu me arrependdo amargamente de ter apagado ele.
Ana descupe por te mencionar aqui, é que esse foi um dos melhores e mais engraçado da vida da Mini.
 A Mini teve muitos momentos felizes e marcantes. Mas teve um que foi muito triste.
Nosso vizinho da frente veio avisar que a Mini tinha sido atropelada. A Márcia saiu correndo e encontrou a Mini inconciente e saindo muito sangue pela sua boca.
A Márcia em desespero, pegou a Mini e levou pro tannque onde jogou água nela pra ver se ela reagia, mas ela não reagiu. Acho que o pneu do carro passou por cima da barriga dela.
Eu nunca vi minha Irma daquele jeito. Tão desesperada em transtornada.
Levaram a Mini para o veterinário. Eu não sei se ela voltou a consciência durante o caminho. A única coisa que eu sei foi que ninguém amou mais a Mini do que você Márcia.
Graças a Deus a Mini sobreviveu. A veterinari disse pra Márcia que a Mini precisava emagrecer, pois estava com problema de

Ela se recuperou e foi para casa. Muitas vezes ela tinha falta de ar e ficava fazendo um barulho como se estivesse intalada. Era horrível ver a Mini naquela situação.
Mesmo assim a Mini era uma cachorrinha muito animada. Ela corria, latia e brincava. Ela era feliz lá em casa.
Tinha uma bolinha amarela que adorava brincar com ela. Eu tacava lá longe e ela ia buscar. Quando ela pegava pela boca a brincadeira acabava, pois ela não soltava mais.
Quando eu ficava pingando a bolinha no chão e peganod de volta  sem tacar lá londee pra ela pegar, ela se irritava e mordia minha perna. Eu tinha um vídeo, mas acho que apaguei.
De vez em quando a Márcia levava a Mini pra visitar os irmãos dela.Quando ela dizia: “Vamos embroa Mini?” Cade a cachorra?kkkkkk Já tava lá fora esperando pra ir embora. Realmente ela gostava de lá de casa.
Uma coisa que eu achava muito engraçado n Mini, era quando ela deitava com aquela barriga pra cima embaixo do sol e ficava espirando.Era muito engraçado de se ver.
As vezes quando a Mini entrava dentro de casa e a gente gritava: “ Mini pra fora” ela ia se abaixando e quanto mais gritávamos mais ela ia se abaixando até ficar se rastejando, mas não sai do lugar. Tinha que ir lá fora e chamar ela com carinho, se não ela não saia ( só se a pegasse no colo).
Um certo dia uma colega minha chamada Kelly disse assim pra mim: “Estou procurando um cachorro pra mim comprar pra minha subrinha , eu queria uma bem pequenininha. Você não quer vender aquela sua cachorrinha pretinha?”
Eu olhei bem serio pra ela. Como ela não morava com a mãe e nem com o pai dela e sim com a avó, eu disse: “Se alguém quisesse comprar sua avó, você venderia?”
Ela me olhou com uma cara de espanto. Eu não estava exagerando, duvido que ela amava a avó dela metade do que eu amava a Mini.
E os dias foram se passando e a Márcia resolveu se casar. Ela disse que ia levar a Mini.
Sempre quando se tem um casamento pra ir, ele parece estar sempre distante, ele nunca chega. Mas o da Márcia parecia que estava indo em câmera rapida ( o contrario de câmera lenta). Casamento e lua de mel se passaram muito rápido, tuod pra chegar na hora de levar a Mini embora.
Não foi de imediato que a Márcia levou a Mini. Ela ficou mais 2 dias lá em casa aopós a chegada da Márcia. Acho que ela até que ia deixar a Mini comigo. Mas não foi possível por causa minha mãe.
Um certo dia minha chegou do trabalho as 16h e encontrou xixi no meio do quintal. Ela começou a gritar e exigiu que eu levasse a Mini pra casa da Márcia.
Eu tive muita raiva da minha mãe naquela hora, mas depois eu entendi que ela fez aquilo pro bem da Mini. Ela iria morar em uma casa nova, longe sons do meu pai e longe das mãos dele. Longe de tudo que a fizesse mal.
Não estou dizendo que meu pai batia na Mini. Ele só  não batia por que a gente não permitia, pois se a gente deixasse ele batia até matar. Eu ainda não consigo entender como uma pessoa pode gostar de uma pessoa desse jeito, com esse caráter.
Pelos gritos de minha mãe, eu peguei a Mini e fui subir a ladeira que levava a casa da Márcia. A Mini nunca precisou de coleira para andar na rua, ela sempre seguia seus passos.
Mas desta vez ela não seguiu meus passos. Ela travou e não queria mais andar. Eu chamava ela entre lagrimas e ela não vinha. Eu continuava a chamar ela, mas a minha vontade era que ela ficasse travada ali para sempre, assim ela nunca precisaria ir embora. Ela estava travada por que tanto eu quanto ela, não queríamos que ela fosse embora, o que me fez chorar mais ainda.
Aos poucos ela foi se destravando e a gente foi subindo e eu só chorando. As pessoas que desciam com seus filhos da escola me olhavam como se eu fosse louca,, mas em nenhum momento eu me importei em segurar minhas lagrimas por causa deles.
Algumas pessoas olhavam para a Mini e dizia “ Olha que gracinha, parece uma bolinha”, mas eu nem olhava pra cara da pessoa.
Quando cheguei na Márcia, fiquei um pouco lá fora antes de entrar, para me recompor. Quando entrei não sei se ela pescebeu meus olhos vermelhos de choro.
Deixei a Mini lá e fui embora. Senti como se eu estivesse abondonado ela, mas sabua que eu não estava e que ela não poderia estar em mãos melhores.
Todos os dias as 18h eu ia la na Márcia pra ver a Mini. Ela parecia bem mais feliz lá do que na minha casa. A minha prima Ana Julia que saia da escola 18h20min passava lá pra gente descer juntas, pois estava escuro e eu achava perigoso descer sozinha.
Ana eu agradeço a todas as vezes que você me buscou lá na casa da Márcia e por ter compreendido meu amor pela Mini.
Até que um dia eu comecei a fazer FIEC e acabei não indo mais visitar a Mini, ia de vez ou nunca. Eu me arrependo amargamente de não ter ido mais visitar a Mini. Eu deveria chegar da FIEC mesmo cansada e passar lá pra ver ela.
Até que um dia (domingo dia 15/09/2013) a Márcia me disse que a Mini estava meia doentinha. Ela não conseguia latir, parecia ter catarro na sua garganta impedindo de sair a voz.
Então na terça-feira eu vim da FIEC de ônibus e desci direto na casa da Márcia pra ver a Mini. Ela ficou muito feliz em me ver, e vise versa. Eu achei que ela estava bem (excesso pelo latido que não saia).
Eu beijei ela, abracei, fiquei mexendo a bunda dela pra balançar o rabo ( o que a deixava nervosa). Brinquei com ela, dei ração na boca dela e até ameacei de pegar sua ração ( o que eu fazia sempre que ela me trocava pelo prato de ração). Eu fiz tudo o que eu gostava de fazer com ela, menos brincar de bolinha, pois não havia nenhuma bolinha lá pra gente brincar.
Quando foi na quarta-feira, eu liguei pra Márcia e disse para ela desmarcar o estudo bíblico que seria na quinta feira, pois eu tinha uma prova na FIEC e precisava estudar muito.
Quando cheguei da FIEC na quinta, fui direto tomar banho pra depois poder estudar tranquila. Mas minha mãe me barrou na porta e disse: “ Sabe aquele dia que eu sonhei com água e disse que significava morte?” Eu afirmei com a cabeça.
Toda vez que ela dizia isso, era o irmão da amiga dela que tinha morrido, ou o vizinho de não sei quem, ou a mulher da rua de cima, umas pessoas sem importância para mim. Mas não foi nenhuma daquelas pessoas. Foi a Mini.
Eu fiquei meia parada sem reação. Então entrei no banheiro e foi passando em vídeo pela minha cabeça. Ai veio as palavras da minha mãe:” Foi a Mini que morreu”.
Foi ai que me dei conta de que a Mini não estava mais entre nós. Então comecei a chorar. Chorei muito por tudo que a gente tinha vivido e por saber que nunca mais vamos viver mais nada. Por saber que nunca mais vou vê-la.
Sempre há o incômodo e a sensação de que você poderia ter feito mais. A sensação de que você tinha o poder de impedir que aquilo acontecesse. Ou no mínimo ter estado lá abraçada com ela enquanto ela partia.
O que mais me dói é não saber como ela morreu. Não sei se ela dormiu normalmente e não acordou mais.  Ou se ela sentiu uma falta de ar e morreu sem dor. Ou se ela sentiu uma forte dor no peito e gritou muito, e eu... eu não estava lá pra ajudar.
Minhas irmãs foram la na casa da Márcia pra dar uma força pra ela, mas eu não fui. Eu não seira forte o suficiente para entrar na CSA onde eu sempre vi a Mini lá. Eu não seria forte o suficiente de ohar nos olhos da Márcia. Eu não seria forte o suficiente...
Eu te peço perdão por não ter ido na sua casa Márcia aquele dia. É que realmente eu não tinha força o suficiente.
Depois de 2 dias fui lá na casa da marica  levar uma carta pra ela. Não sei consolar uma pessoa com palavras, apenas por cartas. Não foi uma carta só pra consolar  a marica, mas pra me consolar também.
“Eu Mini, estando com saúde frágil, venho por meio de esta transmitir a minha mamãe minha ultima vontade: ser lembrada com carinho sempre que pensa em mim”.
“Meu tempo na terra foi um tempo feliz, repletos de lembranças alegres e momentos prazerosos. Não levo comigo nenhuma posse mundana, porque posses e propriedades nunca foram as minhas preocupações principais. O importante para mim foi ganhar sua confiança e admiração, sendo obediente e sempre file. A única coisa que tive e que valorizo, acima de tudo, foi o amor que você me deu mamãe, pois ninguém no mundo poderia ter me amado mais.”
“Quando eu tiver partido e você tiver oportunidade de pensar um mim, mão fique triste, pois estou em paz e não sinto mais nenhuma dor ou desconforto. Todos os males que a idade e as circunstancias trouxeram ao meu ser físico não são mais um problema. Estou livre para fazer travessuras, enquanto o vento bate no meu rosto e a grama faz cócegas nos meus pés. Tiro sonecas no calor do sol e durmo sob um lenço de estrelas. E assim, com alegria, espero por você.”
“Dividimos muitos momentos felizes juntos, e por isso sei que você sente que eu nunca poderei ser substituído, e que talvez você deva viver o resto de sua vida sem outro animal de estimação como companheiro fiel. Mamãe, não tente me substituir, pois o que vivemos é insubstituível. Crescermos-nos juntas, atravessamos períodos bem complicados. Mas não prive a sim mesmo do calor e da companhia que outro companheiro pode lhe dar. Eu não quero que você fique sozinha.”
“Acima de tudo, lembre-se, mamãe, que eu estarei sempre com você: no seu coração, na sua mente e nas suas lembranças. Pois o que dividimos foi especial, hoje, amanhã e sempre. E se você sentir um focinho frio na sua pele, e não houver nenhum animal por perto, saiba, no fundo de seu coração, que sou eu, dizendo olá.”
Eu sinto muita falta de você Mini. Você foi muito importante na minha vida e vai ficar marcda na minha historia e na historia de outras pessoas também. E eu quero dizer que nunca vou deixar de te amar meu amor.
E quero agradecer imensamente a o grande amor que você Márcia dedicou a Mini. Pela maravilhosa mãe que você foi pra ela. E por ter feito e possível e o impossível por ela.
Eu já disse isso e vou continuar dizendo: Márcia... Ninguém no mundo amou mais a Mini do que você. E sei que o momento mais triste da sua vida foi a partida dela. Mas não se esqueça, que hoje ela é um pedacinho do céu azul.
A morte da Mini foi muito difícil pra mim. Mas com o tempo a dor foi diminuindo, mas é claro que ela não passa nunca.
 Em certo dia eu fui à casa da Márcia. E eu persebi pelo ambiente, pelos olhos da Márcia e principalmente o quintal a ausência da Mini.
Aquilo me doeu tanto. Não apenas por eu senti a ausência da Mini. Mas também por ver a dor que a ausência da Mini trazia pra Márcia.
Se para mim foi difícil, imagine para a Márcia que morava com ela.
Ainda sinto falta de águem me esperando no portão junto com os outros animais. Pulando, balançando o rabo e espirrando sem parar.
De ver uma coisinha preta de barriga pra cima em baixo do sol.
De morder minha perna quando eu não tacava a bolinha amarela.
De me morder toda vez que eu tentava lhe roubar um beijo.
Que sempre foi tão companheira e amiga minha. E principalmente por ter feito parte da minha historia.

Eu escrevi essa historia não apenas pra eu ter ela para resto da minha vida. Eu escrevi por dois motivos.
1°- Pela minha Irma Márcia.
2°-Eu escrevi porque a Mini foi uma cachorrinha muito boa e ela merece ter sua historia contada.



            FOTOS DA MINI.


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O que seria do mundo sem os animais?

É uma pergunta simples de se fazer, mas muito difícil de responder com uma resposta inteligente.
Perguntei pra minha Irma e ela respondeu: nada
O meu cunhado respondeu: Seria um mundo sem animais.kkkkkkkkk tinha que ser o cunhado néh.
Como uma pessoa inteligente eu respondo: Seria um mundo muito humano.
Mas como assim?
Nós seres humanos somos seres egoístas e isso nós torna pessoas que só se importa com si próprio  O mundo dos seres humanos é um mundo sem graça, onde cada um vive por si.
No mundo dos animais tudo é diferente. Eles amam mais os outros do que a eles próprios. Eles são anjos sem asas.
Quando uma pessoa fala mal de outra, chama-a de animal. Eu não acho certo dizer isso, pois chamar alguem de animal é um elogio e não um defeito.
Qual é a pessoa que te espera no portão todos os dias no final da tarde?
Qual é pessoa que você grita com ela e depois de um minuto você a chama e ela vem correndo como se nada estivesse acontecido?
Qual é a pessoa que não aponta seus defeitos, te aceita do jeito que você é?
Qual é a pessoa que não briga com você por não estar dando a atenção que ela precisa?
Qual é a pessoa que esta do seu lado nos momentos triste e feliz?
Não existe uma pessoas assim. Por isso  que chamar alguem de ANIMAL é um elogio maior do que qualquer um outro.
Acho que agora consegue entender o que seria UM MUNDO SEM ANIMAIS.

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